BUENOS AIRES (Reuters) - Os portos e processadores de grãos da região de Rosário, importante polo agroindustrial da Argentina, ficaram inativos nesta quinta-feira devido a uma greve geral de 24 horas realizada por sindicatos contra o governo do presidente Javier Milei, disse o chefe da câmara CIARA-CEC.
A Argentina é um dos principais exportadores de alimentos do mundo.
"Nenhum dos portos e fábricas está funcionando", disse o presidente da câmara, Gustavo Idigoras. "Não há problemas ou perturbações, mas está tudo fechado."
Guillermo Wade, que dirige a câmara de atividades portuárias e marítimas do CAPyM, confirmou a paralisação.
"Todos os sindicatos aderiram, por isso a atividade está totalmente afetada", disse ele.
Os sindicatos convocaram uma greve geral de 24 horas contra as duras medidas de austeridade implementadas pelo presidente libertário Javier Milei.
Os cortes nas despesas, que parecem estar abrandando a taxa de inflação próxima dos 300% do país e eliminaram momentaneamente o déficit fiscal, também elevando pobreza e o desemprego à medida que o consumo entra em colapso.
A greve ocorre num momento em que os agricultores colhem as principais safras, de soja e milho, o que faz desta época uma das mais movimentadas nos portos.
Enquanto grupos de esmagadores e de trabalhadores portuários participam da greve, as Confederações Rurais Argentinas de Agricultores (CRA) disseram que não aderiraram à greve. "Para superar a crise de nossa nação, devemos continuar trabalhando”, disse o grupo no X.
(Reportagem de Maximilian Heath e Adam Jourdan)