Poucos comparecem a protestos dos "coletes amarelos" na França; motorista morre em bloqueio

Publicado 22.12.2018, 12:08
© Reuters.  Poucos comparecem a protestos dos "coletes amarelos" na França; motorista morre em bloqueio

Por Johanna Decorse e Emmanuel Jarry

TOULOUSE/PARIS (Reuters) - Um homem morreu no sul da França na sexta-feira, quando um carro bateu num caminhão parado num bloqueio feito por manifestantes de "colete amarelo", elevando para 10 as mortes ligadas aos protesto contra o governo, disseram autoridades neste sábado.

Muitos manifestantes são esperados nas ruas de toda a França neste sábado, incluindo numa passeata na cidade de Versalhes, cujos castelo são um símbolo do poder do estado Francês e uma das principais atrações turísticas da Europa.

Até o momento, no entanto, poucas pessoas se reuniram em Versalhes e há bem menos manifestantes nas ruas de Paris do que em semanas anteriores, de acordo com uma testemunha ouvida pela Reuters e imagens dos canais de TV BFM e CNews.

Dezenas marchavam pelas ruas do bairro parisiense de Montmartre, perto da Basílica do Sacré Couer, outro marco turístico da capital francesa. "Parisienses, juntem-se a nós!", gritavam os manifestantes. Alguns pediam a renúncia do presidente Emmanuel Macron.

Cerca de 800 pessoas protestavam por toda Paris no fim da manhã e não havia sido registrado nenhum incidente violento ou detenções, disse a polícia. No sábado passado, havia cerca de 4 mil manifestantes nas ruas no mesmo horário.

Há três semanas, os protestos em Paris se transformaram num dos piores distúrbios vistos na capital francesa desde 1968. Carros foram incendiados, bancos e seguradoras tiveram fachadas de vidro quebradas e o mobiliário urbano foi vandalizado.

Das dez mortes ligadas aos protestos, a maioria foi resultado de acidentes de trânsito.

Os "coletes amarelos" – denominados assim devido aos jalecos de alta-visibilidade que os motoristas franceses são obrigados a ter nos carros – começaram a protestar no início de novembro contra um aumento nos impostos dos combustíveis, e depois se voltaram para reivindicações mais amplas contra a políticas de reformas econômicas liberais de Macron. O presidente francês fez concessões, reduzindo impostos e aumentando salários.

O movimento perdeu força nas últimas semanas, com apenas 66 mil participando de protestos por todo o país no sábado passado, ante os cerca de 300 mil reunidos em 17 de novembro.

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