Por Padraic Halpin
DUBLIN (Reuters) - O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, e o líder da oposição, Micheal Martin, estão fazendo tudo o que podem para chegar a um acordo que coloque fim a uma crise política e evite uma eleição antecipada, disse Varadkar antes das conversas entre os dois que acontecerão mais tarde nesta segunda-feira.
O premiê e o líder da oposição retomariam nesta segunda-feira os esforços para resolver uma crise política que poderia resultar em uma eleição antecipada com implicações para uma cúpula do Brexit, como é conhecida a desfiliação britânica da União Europeia, no mês que vem.
"Estamos fazendo tudo que podemos. Estamos tentando encontrar um meio-termo que permita que o governo continue. Certamente, eu não quero que haja uma eleição, não acho que mudaria nada ou que alcançaria alguma coisa, especialmente em momento tão importante para o país", disse o premiê à emissora nacional irlandesa, RTE.
Varadkar e o líder do principal partido oposicionista estão envolvidos em uma disputa doméstica que está eclipsando a cúpula do Brexit.
A Irlanda desempenhará um papel de destaque na reunião, dizendo aos líderes da UE se acredita que houve progresso suficiente no tratamento da questão da futura fronteira entre seu país, um membro do bloco, e a Irlanda do Norte, parte do Reino Unido.
A fronteira é uma de três questões que Bruxelas quer ver resolvidas em sua essência antes de decidir se conduz as conversas para uma segunda fase a respeito do comércio, como quer o Reino Unido.
A crise se deve à maneira como a vice-premiê, Frances Fitzgerald, está lidando com um caso legal que envolve um delator da polícia. Micheal Martin, líder do partido Fianna Fáil, planeja apresentar uma moção de desconfiança contra ela na terça-feira.
Varadkar disse que, se a moção não for retirada, será forçado a convocar uma eleição antes do Natal --uma perspectiva que, segundo autoridades da UE, complicará a cúpula de 14 e 15 de dezembro sobre o Brexit.