JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, renovou seu compromisso nesta quarta-feira para uma solução de dois Estados ao conflito israelo-palestino, depois de recuar neste tema durante uma aquecida campanha eleitoral em março.
Uma semana depois da posse do seu novo governo, ele se reuniu com a chefe de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, na primeira visita dela à região, e disse:
"Nós queremos uma paz que acabe com o conflito de uma vez por todas... Não apoio uma solução de um Estado único, eu não acredito que essa seja uma solução plena, eu apoio a visão de dois Estados para dois povos."
Ele reiterou a reivindicação antiga de Israel de que qualquer Estado palestino estabelecido em terras que Israel capturou na guerra de 1967 deva ser desmilitarizado e disse que espera discutir com Federica "como podemos avançar nessa visão".
Na véspera da eleição de 17 de março, com as pesquisas colocando o premiê atrás de rivais de centro-esquerda, ele recuou da promessa de 2009 de apoiar um objetivo ocidental de alcançar uma solução de dois Estados com os palestinos, dizendo que não permitiria que um Estado palestino fosse estabelecido sob seu mandato.
Embora Netanyahu, posteriormente, tenha argumentado que não era contra um Estado palestino em princípio, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que os comentários tornavam "difícil encontrar um caminho" de volta às negociações de paz sérias e afirmou a Netanyahu que Washington teria de reavaliar suas políticas no Oriente Médio.
(Por Allyn Fisher-Ilan)