KIEV (Reuters) - O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseny Yatseniuk, entregou sua renúncia ao Parlamento nesta quinta-feira depois de repreender os políticos por não aprovarem leis sobre energia e orçamento para aumentar o financiamento do Exército.
"Anuncio a minha renúncia em conexão com o colapso da coalizão e o bloqueio às iniciativas do governo", disse ele ao Parlamento.
Dois partidos ucranianos anunciaram horas antes sua saída da coalizão majoritária no Parlamento para permitir que o presidente Petro Poroshenko convoque nova eleição e "livre" a Casa do que um político qualificou como "agentes de Moscou".
Políticos e ativistas se queixam de que a Ucrânia, embora tenha um novo presidente, ainda precisa eleger um novo Parlamento, algo que não foi feito depois da derrubada em fevereiro do presidente Viktor Yanukovich, aliado da Rússia, e também acusam os aliados do líder deposto de prejudicar a atividade parlamentar.
De acordo com a Constituição ucraniana, o Parlamento tem 30 dias para tentar uma nova coalizão. Se isso fracassar, o presidente então dissolve a Casa e convoca eleições.
(Reportagem de Elizabeth Piper e Natalia Zinets)