Por Felix Onuah
ABUJA (Reuters) - O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, demitiu os chefes do Exército, da Marinha, da Força Aérea e da Defesa nesta segunda-feira – um gesto aguardado há algum tempo, já que o ex-general fez da vitória sobre o grupo islâmico militante Boko Haram sua prioridade máxima.
Os substitutos serão anunciados ainda na segunda-feira, afirmou o porta-voz da Presidência à Reuters.
Desde que tomou posse em abril, Buhari transferiu o centro de comando de defesa da Nigéria para Maiduguri, o berço da seita jihadista, e está montando o quartel-general de uma força-tarefa multinacional na capital do Chade, N'Djamena.
Em junho, a Anistia Internacional acusou os militares nigerianos de abusos sistemáticos de direitos humanos e das mortes de 8 mil prisioneiros, e pediu a investigação de muitos comandantes militares de alto escalão, incluindo os do Exército e da Força Aérea.
O ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathan foi intensamente criticado por sua incapacidade de lidar com a facção insurgente no nordeste do maior produtor de petróleo da África, que já matou milhares de pessoas e deixou mais de 1,5 milhão de desabrigados.