JERUSALÉM (Reuters) - O presidente de Israel expressou preocupação com o bem-estar da população, independentemente de sua identidade ou valores, no domingo, depois que membros de extrema-direita do novo governo pediram revisões nas leis antidiscriminação.
O primeiro-ministro designado, Benjamin Netanyahu, que se prepara para apresentar sua coalizão nacionalista-religiosa esta semana, prometeu preservar os princípios de tolerância.
Mas seus rivais políticos acusaram o veterano líder conservador de ser vulnerável às exigências políticas de seus aliados de extrema-direita.
"Uma situação em que os cidadãos de Israel temem ameaças contra eles com base em sua identidade ou valores vai contra os princípios democráticos e éticos básicos de Israel", escreveu o presidente Isaac Herzog, cujo papel é amplamente simbólico, no Twitter.
Netanyahu disse duas vezes no domingo que seu governo vai salvaguardar direitos iguais, no entanto.
“Não permitiremos discriminação contra membros da comunidade LGBTQ ou danos aos direitos de quaisquer outros cidadãos de Israel”, afirmou ele em um comunicado.
Mais cedo no domingo, um novo membro do governo de Israel do partido de direita Sionismo Religioso disse à rádio pública que os hotéis deveriam ser autorizados a recusar serviços a pessoas com base em motivos religiosos, bem como médicos, desde que outros estejam disponíveis.
Separadamente no domingo, Netanyahu expressou apoio à emenda de uma lei que impede indivíduos que apoiam o terrorismo ou o racismo de concorrer ao Parlamento israelense, dizendo que pretende substituir a legislação, garantindo direitos iguais para os cidadãos israelenses.
(Reportagem de Emily Rose)