BUENOS AIRES (Reuters) - A posse do presidente da Argentina, Mauricio Macri, de centro-direita, promete trazer mudanças no eixo de centro-esquerda da América do Sul, mas não tão rápido como esteve a ponto de acontecer nesta quinta-feira.
Horas depois de assumir como presidente, Macri recebeu os mandatários dos países da região, entre eles o líder equatoriano de centro-esquerda, Rafael Correa, que era um aliado político da ex-presidente argentina Cristina Kirchner.
Seguindo o protocolo como os demais presidentes, Correa se aproximou para cumprimentar Macri e sua mulher, Juliana Awada, quando tropeçou no tapete vermelho e, para evitar cair, tentou se segurar em Macri, empurrando o argentino.
"Quase derrubo o governo", Correa disse a Macri, sorrindo.
"Tão rápido não", respondeu Macri, entre risadas dos presentes na cerimônia no Palácio San Martín, em Buenos Aires.
Tanto Correa como o presidente da Bolívia, Evo Morales, de centro-esquerda, disseram a jornalistas que esperam um diálogo fluido com Macri, apesar das diferenças ideológicos.
O líder da centro-direita argentina assumiu a Presidência nesta quinta-feira após 12 anos de gestão da centro-esquerda peronista, com a promessa de liberalizar o mercado e reativar uma economia estancada.
(Reportagem de Magalí Cervantes e Nicolás Misculin)