CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta segunda-feira que não irá confrontar a Igreja Católica do país por alegações de abuso sexual e que caberá à Procuradoria investigar as acusações.
Ao menos 152 padres católicos foram suspensos no México nos últimos nove anos devido a casos de abuso sexual contra menores e alguns foram presos, disse o arcebispo de Monterrey no início deste mês.
A Igreja Católica tem passado por escândalos de abuso sexual nos Estados Unidos, Chile, Austrália, Alemanha e diversos outros países nos últimos anos. O México possui a segunda maior comunidade católica do mundo, depois do Brasil.
"Nós não queremos confrontar a Igreja", disse López Obrador durante coletiva de imprensa, quando questionado sobre o papel que seu governo assumirá na investigação das acusações de abuso sexual.
"Se houver um processo legal, nós não podemos escondê-lo, não seremos cúmplices", disse. "Mas, nós não vamos atiçar o fogo."
O papa Francisco irá receber bispos no Vaticano nesta semana para discutir revelações globais de casos de abuso sexual na Igreja, que têm prejudicado a credibilidade da instituição. Embora Francisco tenha repetidamente prometido zero tolerância para padres que abusam de crianças, críticos têm demandado mais ações.
(Reportagem de Daina Beth Solomon e Ana Isabel Martinez)