WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca criticou a China nesta sexta-feira por lucrar com abusos de direitos humanos e disse estar observando a questão do trabalho forçado atentamente depois que empresas norte-americanas e internacionais viraram alvo de críticas de consumidores da China por se comprometerem a não usar algodão da região chinesa de Xinjiang.
"A comunidade internacional, em nossa opinião, deveria se opor à maneira como a China se arma da dependência de empresas privadas de seus mercados para sufocar a livre expressão e inibir praticas comerciais éticas", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, aos repórteres.
Ela respondia a uma pergunta sobre relatos de que a China está pressionando companhias que se comprometeram a não usar produtos feitos com trabalho forçado.
"É algo que estamos observando atentamente", disse. "Imagino que (os departamentos de) Estado e Comércio terão mais a dizer sobre isso".
Diversos varejistas do exterior sofreram represálias de consumidores chineses, que fizeram circular comunicados das marcas nas redes sociais anunciando que não recorrerão mais a fornecedores de Xinjiang.
Patrocinadores de celebridades da China romperam com várias marcas estrangeiras do varejo, entre elas seis dos Estados Unidos, como a Nike (NYSE:NKE), já que as preocupações ocidentais com as condições de trabalho em Xinjiang provocaram uma reação patriótica dos consumidores.
Os EUA e outros países ocidentais impuseram sanções a autoridades chinesas na segunda-feira devido a abusos de direitos humanos em Xinjiang.
(Por Steve Holland e David Brunnstrom)