Por Anthony Deutsch e Toby Sterling
AMSTERDÃ (Reuters) - A primeira prefeita de Amsterdã lançou planos nesta quarta-feira para reformular o distrito da luz vermelha e suas vitrines em uma tentativa de proteger as profissionais do sexo da curiosidade dos turistas.
No que seria a transformação mais radical no comércio sexual do local desde que os holandeses legalizaram a prostituição há quase duas décadas, Femke Halsema sugeriu que as profissionais do sexo não se exponham mais em quartos com vitrines, entre outras opções.
As alterações são necessárias por causa das mudanças sociais, disse ela à Reuters, incluindo o aumento do tráfico humano e do número de turistas que visitam o local e usam seus celulares para tirar e publicar fotos das mulheres.
"Somos forçados pelas circunstâncias porque Amsterdã muda", argumentou Femke em uma entrevista antes do lançamento.
"Acho que muitas das mulheres que trabalham lá se sentem humilhadas, ridicularizadas, e essa é uma das razões de estarmos pensando em mudanças".
Os planos incluem quatro pontos principais: acabar com as vitrines de rua, fechar bordéis no centro da cidade e transferi-los para outros locais, reduzir o número de bordéis no centro da cidade e intensificar a permissão de profissionais nas vitrines.
As propostas, delineadas em um relatório intitulado "O Futuro da Prostituição nas Vitrines de Amsterdã", também incluíram uma mais abrangente para uma "zona erótica" que teria um portão de entrada, algo semelhante a um sistema usado em Hamburgo, acrescentou ela.
As opções serão apresentadas a moradores e comércios em reuniões na prefeitura neste mês, e uma será escolhida e submetida a votação no conselho municipal no final deste ano, disse a prefeita.