NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) enviou o seu primeiro comboio de ajuda humanitária para áreas da Síria sob comando dos rebeldes sem o consentimento do governo nesta quinta-feira, e o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, acusou as partes em conflito de negar assistência a milhões de pessoas necessitadas como tática de guerra.
Dez dias atrás, o Conselho de Segurança da ONU adotou de forma unânime uma resolução que autorizou o envio de ajuda por quatro pontos de fronteira com Turquia, Iraque e Jordânia, embora os sírios tenham alertado considerar tais entregas como incursões em seu território.
"Um comboio de nove caminhões entrou na Síria hoje (quinta-feira) a partir da passagem turca em Bab al-Salam, levando alimentos e suprimentos de abrigo, purificação de água e saneamento", disse a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Amanda Pitt.
Não se sabe se os caminhões chegaram aos seus destinos. Em um relatório para o Conselho de Segurança obtido pela Reuters nesta quinta-feira, Ban afirmou que estimados 10,8 milhões de pessoas precisam de socorro, das quais 4,7 milhões se encontram em áreas sírias de difícil acesso.
Ele ainda disse que pelo menos 241 mil pessoas estão em áreas sitiadas pelo governo ou por forças da oposição.
"Peço às partes envolvidas no conflito que suspendam os bloqueios imediatamente e facilitem o acesso a pessoas que precisam de ajuda humanitária", declarou.
(Reportagem de Michelle Nichols)
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