ISLAMABAD (Reuters) - O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, afirmou neste domingo que o presidente da França, Emmanuel Macron, "atacou o Islã" ao incentivar a exibição de desenhos retratando o Profeta Maomé.
Os comentários de Khan acontecem dias após Macron homenagear um professor francês de História que foi decapitado por um radical islâmico que queria vingar o uso de cartuns retratando o Profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
"Infelizmente, o presidente Macron optou por provocar deliberadamente os muçulmanos, incluindo seus próprios cidadãos, por meio do incentivo à exibição de caricaturas blasfemas contra o Islã e nosso Profeta", disse Khan no Twitter.
Os muçulmanos consideram qualquer representação do Profeta Maomé uma blasfêmia. Macron disse que o professor era um herói.
Khan alega que Macron poderia ter sido mais cuidadoso e combater os extremistas, mas em vez disso "escolheu encorajar a islamofobia atacando o Islã ao invés de atacar os terroristas que praticam violência, sejam muçulmanos, supremacistas brancos ou ideólogos nazistas".
A França testemunhou nos últimos anos uma série de ataques violentos por militantes islâmicos, incluindo o ataque à revista satírica Charlie Hebdo em 2015 e os assassinatos e ataques a bomba em novembro de 2015 no teatro Bataclan e em localidades de Paris que mataram 130 pessoas.
(Reportagem de Gibran Peshimam)