Por Suleiman Al-Khalidi
AMÃ (Reuters) - O príncipe da Jordânia Hamza declarou sua lealdade ao rei Abdullah nesta terça-feira após mediação feita pela família real, dois dias depois de ser colocado em prisão domiciliar e acusado de tentar desestabilizar o país.
O príncipe Hamza assinou uma carta na qual se coloca à disposição do monarca após uma reunião na segunda-feira com o príncipe Hassan, o tio do rei, e outros príncipes, afirmou a corte real do país.
"Eu me coloco nas mãos de sua majestade, o rei (...) eu irei continuar comprometido com a constituição do querido Reino Hachemita da Jordânia", diz o príncipe Hamza em carta publicada pelo palácio.
Uma publicação anterior do palácio real no Twitter dizia que o rei havia confiado ao príncipe Hassan, que também foi um ex-príncipe da coroa, a tarefa de se encarregar da questão.
No sábado, as forças militares do país alertaram o príncipe Hamza de que suas ações estariam prejudicando a "segurança e a estabilidade" da Jordânia, e posteriormente ele afirmou estar sob prisão domiciliar. Várias figuras de alta importância também foram detidas.
Autoridades disseram que o príncipe Hamza havia se articulado com pessoas que possuem contatos com partes estrangeiras em um plano para desestabilizar a Jordânia, um importante aliado dos Estados Unidos, e que ele estava sendo investigado há um tempo.
O meio-irmão do rei Abdullah e ex-herdeiro ao trono da Jordânia disse em uma gravação de voz publicada pela oposição do país que não iria consentir após ter sido barrado de qualquer atividade e recebido ordens para ficar calado.