(Reuters) - Escritórios de advocacias dos Estados Unidos especializados em danos pessoais estão fazendo filas de demandantes para ações contra a gigante agroquímica Monsanto, alegando que o herbicida Roundup causou câncer em trabalhadores rurais e outras pessoas expostas ao produto químico.
O mais recente processo foi apresentado na quarta-feira no Tribunal Superior de Delaware por três escritórios de advocacia representando três demandantes.
O processo é similar a outros apresentados no mês passado em Nova York e na Califórnia acusando a Monsanto de ter conhecimento há muito tempo de que o principal ingrediente do Roundup, glifosato, é perigoso para a saúde humana. A Monsanto "liderou uma prolongada campanha de desinformação para convencer agências do governo, produtores e a população em geral de que o Roundup era seguro", atesta o processo.
O litígio segue uma declaração da Organização Mundial da Saúde em março de que havia evidências suficientes para classificar o glifosato como "provavelmente cancerígeno para humanos".
"Podemos provar que a Monsanto sabia sobre os perigos do glifosato", disse Michael McDivitt, cujo escritório de advocacia no Colorado está reunindo casos de 50 indivíduos. "Há muitos estudos mostrando que o glifosato causa esses cânceres."
A Monsanto diz que a classificação da Organização Mundial da Saúde está errada e que o glifosato está entre os pesticidas mais seguros do mundo.
(Por Carey Gillam)