Por Karen Freifeld
(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem direito a maior proteção contra intimação de um grande júri por conta de suas declarações de imposto apenas por ser o presidente, afirmou o procurador distrital de Manhattan em um documento judicial nesta sexta-feira.
O procurador distrital Cyrus Vance respondia a um argumento dos advogados de Trump que o presidente merecia proteção extra contra o que classificou como abuso.
Em agosto do ano passado, Vance emitiu intimação do grande júri para a firma de contabilidade de Trump, a Mazars USA, exigindo suas declarações pessoais e empresariais de oito anos além de outros documentos.
Trump repetidas vezes combateu as iniciativas de parlamentares e procuradores para obter suas declarações, que devem explicar algumas de suas transações financeiras. Ele também desafiou décadas de um precedente de candidatos à presidência ao se recusar a liberar suas declarações de impostos.
Trump deu entrada em sua última petição contra à intimação no mês passado, após a Suprema Corte dos EUA decidir que ele não estava imune de investigações criminais por ocupar a Casa Branca. A corte disse que Trump poderia batalhar a intimação com outro tipo de argumentação.
Vance pede que o juiz negue o pedido de Trump, apresentado em um tribunal federal em Manhattan.
Deliberações de um grande júri são secretas, mas Vance sugeriu que a investigação envolve "possivelmente uma conduta extensa e prolongada na Organização Trump", a empresa do presidente, incluindo supostas fraudes bancárias e securitárias.
(Reportagem de Karen Freifeld)