Por Alyssa Pointer
MEMPHIS (Reuters) - Os promotores da cidade norte-americana de Memphis podem apresentar mais acusações criminais contra policiais e outras pessoas envolvidas nos eventos que antecederam e se seguiram ao espancamento e morte de Tyre Nichols, disse o promotor distrital do condado em um comunicado no Twitter nesta terça-feira.
O tuíte veio em resposta às crescentes críticas sobre como o Departamento de Polícia de Memphis e o escritório do promotor distrital do condado de Shelby, Steve Mulroy, lidaram com o caso.
Na segunda-feira, o departamento revelou que um sexto oficial, Preston Hemphill, foi suspenso da força em 10 de janeiro, logo após a morte de Nichols, um homem negro de 29 anos que morreu em um hospital três dias depois de ser parado em uma blitz de trânsito e espancado. No entanto, nenhuma acusação foi feita contra Hemphill, um policial branco que não estava presente no local do espancamento fatal.
Na semana passada, cinco outros policiais --todos negros--foram acusados de assassinato em segundo grau e demitidos da força policial.
Depois que o vídeo do incidente com a polícia foi divulgado na sexta-feira, os apelos aumentaram para que policiais e promotores locais fossem mais transparentes sobre as circunstâncias do caso, uma vez que os relatórios iniciais da polícia não correspondem ao que foi visto no vídeos.
O advogado da família, Ben Crump, disse na terça-feira que a polícia não foi transparente com a mãe de Nichols sobre o incidente, que ele chamou de "linchamento policial".
"Ela pensou que era uma conspiração para encobrir desde o início", disse Crump à CNN.
No comunicado, Mulroy disse que outros policiais, bombeiros e outros que prepararam a documentação do incidente também podem enfrentar acusações criminais à medida que mais informações estiverem disponíveis.
"Estamos analisando todos os indivíduos envolvidos nos eventos que antecederam, durante e após o espancamento de Tyre Nichols", disse o escritório, acrescentando que a investigação está incompleta.
(Reportagem de Brendan O'Brien, em Chicago)