PARIS (Reuters) - O gabinete da promotoria de Paris disse nesta terça-feira que abriu uma investigação preliminar sobre alegações de financiamento ilegal da campanha da líder do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN), Marine Le Pen, para a corrida presidencial de 2022, que ela perdeu para Emmanuel Macron.
A investigação, que foi aberta em 2 de julho, segue um relatório de 2023 da Comissão Nacional de Contas de Campanha e Financiamento Político (CNCCFP), que examina as despesas eleitorais e o financiamento dos candidatos, disse a promotoria.
O inquérito examinará as alegações de desvio de fundos, falsificação, fraude e de que um candidato em uma campanha eleitoral aceitou um empréstimo.
Le Pen e seu partido já haviam negado irregularidades relacionadas ao financiamento de campanhas. Não foi possível entrar em contato imediatamente com o Reunião Nacional para comentar o assunto.
Separadamente, Le Pen deverá ser julgada neste ano, juntamente com outras 27 pessoas, por suposto uso indevido de fundos da União Europeia, acusações que o partido de Le Pen afirmou contestar.
Essa investigação, aberta em 2016, teve como objetivo verificar se a então Frente Nacional usou dinheiro destinado a assistentes parlamentares da UE para pagar funcionários que estavam trabalhando para o partido.
Marine Le Pen concorreu contra Emmanuel Macron nas eleições presidenciais de 2017 e 2022, e pode concorrer novamente em 2027.
(Reportagem de Tassilo Hummmel e Dominique Vidalon)