TÚNIS (Reuters) - Uma escola judaica em uma ilha da Tunísia foi atacada na noite de terça-feira, conforme a polícia respondia a protestos violentos em outras partes do país prendendo mais de 200 pessoas, informaram testemunhas e o Ministério do Interior.
Coquetéis molotov foram lançados contra a escola na ilha turística de Djerba, lar de uma antiga comunidade judaica, e causaram alguns danos, mas não deixaram feridos, disse nesta quarta-feira o líder da comunidade judaica local, Perez Trabelsi, à Reuters.
Não houve protestos em Djerba, mas moradores disseram que agressores aproveitaram a presença reduzida das forças de segurança, uma vez que a polícia estava ocupada em confrontos nas manifestações antigoverno em outras áreas do país do norte da África.
"Pessoas desconhecidas usaram a oportunidade dos protestos e lançaram coquetéis molotov no saguão de entrada de uma escola religiosa judaica em Djerba", disse Trabelsi.
No momento do ataque, confrontos violentos aconteciam em cerca de 20 cidades tunisianas, conforme pessoas protestavam contra aumentos de preços e novos impostos que entraram em vigor em 1º de janeiro.
Cerca de 50 policiais ficaram feridos nos confrontos, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Khelifa Chibani.
(Reportagem de Tarek Amara)