Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - O senador norte-americano Lindsey Graham, uma voz conservadora respeitada em política externa e defesa, deixou a corrida da indicação do Partido Republicano às eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos nesta segunda-feira depois de meses em que mal pontuou nas pesquisas de opinião.
Graham teve dificuldades para ganhar ritmo num campo republicano cheio de pré-candidatos e dominado por Donald Trump, e ele enfrentava o potencial constrangimento de ser eliminado na primária de 20 de fevereiro no seu Estado de origem, a Carolina do Sul.
Um dos primeiros e ferrenho defensor do uso de forças terrestres contra o Estado Islâmico, ele afirmou que sua campanha, que não tinha muitas chances de sucesso, havia provocado avanços ao influenciar o debate do partido sobre o conflito.
"Entrei nessa corrida para apresentar um plano para vencer uma guerra que não podemos perder e para reverter a onda de isolacionismo que crescia no nosso partido. Acredito que fizemos um enorme progresso nesse esforço", disse ele num vídeo publicado no YouTube.
Graham notou que muitos dos seus rivais republicanos para as eleições de novembro de 2016 agora dão apoio a colocar mais forças terrestres na Síria e prometeu continuar com sua crítica conservadora à estratégia do presidente norte-americano, Barack Obama, na Síria.
"Estou muito mais confiante hoje de que o nosso partido vai rejeitar a doutrina de Obama de comandar da retaguarda e vai fornecer a liderança forte que a América precisa para restaurar nossa força militar e lutar contra os nossos inimigos", declarou ele no vídeo.
Graham, no terceiro mandato de senador pela Carolina do Sul, foi repetidas vezes rebaixado para o debate dos candidatos republicanos com pouca pontuação nas pesquisas. Ele registrou menos de 1 por cento na maioria das pesquisas nacionais e na mais recente da Reuters/Ipsos no campo republicano.