Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - Pelo menos quatro cidades israelenses, incluindo a capital comercial Tel Aviv, baniram trabalhadores árabes das escolas, tentando acalmar o temor geral alimentado pela pior onda de ataques de rua em anos.
O Ministério do Interior de Israel, responsável pelas municipalidades, não quis comentar de imediato a decisão neste domingo, medida que foi condenada como racista por um partido que representa a minoria árabe do país.
O gabinete de Israel tomou medidas de segurança neste domingo, depois de novos ataques palestinos a faca no sábado, ampliando os poderes de busca da polícia, que vai efetivamente permitir que os policias revistem qualquer um nas ruas.
Ao todo, 41 palestinos e sete israelenses morreram na recente onda de violência nas ruas, iniciada pela revolta de palestinos com a, segundo eles, crescente invasão judaica na área da mesquita al-Aqsa em Jerusalém.
"Estamos preservando o status quo, e vamos continuar fazendo isso", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para o seu gabinete neste domingo, se referindo ao local que também é reverenciado pelos judeus como o lugar da destruição de dois templos bíblicos.
Netanyahu vai se encontrar com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na Alemanha, na próxima semana, como parte dos esforços de Washington para restabelecer a calma.
Os mortos palestinos incluem agressores com facas e manifestantes alvejados por forças israelenses durante protestos violentos. Os israelenses foram mortos em ataques a esmo nas ruas ou ônibus. Com os pais exigido ações para proteger escolas, as cidades aumentaram a segurança armada nos portões, e a polícia intensificou o patrulhamento.
Citando preocupações com segurança, Tel Aviv e as vizinhas Rehovot e Hod Hasharon evitaram usar a palavra "árabe" ao anunciarem em seus sites e por e-mails que funcionários de manutenção e limpeza, muitos dos quais árabes, não seriam permitidos nas escolas.