NAIRÓBI (Reuters) - A oposição queniana disse nesta terça-feira que não iria respeitar a medida do governo de proibir os seus protestos contra a comissão eleitoral depois do agravamento da violência mortal nas manifestações realizadas todas as segundas-feiras desde abril.
A próxima eleição presidencial do Quênia está prevista para agosto de 2017, e os confrontos estão se tornando mais frequentes entre as forças de segurança e líderes e integrantes da oposição, que dizem que altas autoridades da comissão eleitoral favorecem o presidente Uruhu Kenyatta.
A coalizão de oposição por reforma e democracia, liderada por Raila Odinga, principal adversário de Kenyatta, afirma que a comissão é também incompetente, citando as falhas do equipamento de verificação de votantes na última eleição.
Num comunicado nesta terça-feira, o governo disse que manifestantes haviam destruído propriedade pública e privada no valor de milhões durante os protestos.
“Para evitar mais violência, destruição de propriedade e perda de vidas, a partir de hoje o governo proíbe todas as manifestações ilegais no país”, disse o comunicado, divulgado pelo Ministério do Interior.
(Por Elias Biryabarema)