MOSCOU (Reuters) - A Rússia culpou o governo ucraniano, nesta segunda-feira, por um aumento da violência no sudeste da Ucrânia, e pediu ao Ocidente que não demonstre seu apoio a Kiev com ações como a imposição de novas sanções contra Moscou.
Separatistas pró-Moscou, apoiados pelo que a Otan diz ser uma participação aberta de tropas russas, lançaram uma ofensiva no leste e sudeste da Ucrânia, e Kiev disse no sábado que 30 civis foram mortos nos bombardeios à cidade de Mariupol.
A Rússia nega o envio de armas e tropas para ajudar os rebeldes, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que os separatistas estão respondendo a ataques das forças ucranianas.
"Nós vemos tentativas de descarrilar o processo de paz e tentativas mais uma e outra vez da liderança de Kiev de resolver o problema pelo uso da força para sufocar o sudeste. Essas tentativas não levam a lugar algum", disse Lavrov em entrevista coletiva.
"Esperamos que nossos parceiros ocidentais... não façam nada que dê às autoridades de Kiev a impressão de que suas ações automaticamente vão receber apoio no Ocidente", acrescentou.
O chanceler russo pediu ao Ocidente que não amplie a campanha anti-Rússia, e disse que seria ingênuo acreditar que os separatistas aceitariam ser atacados pelas forças do governo sem responder.
Segundo Lavrov, os rebeldes começaram ações para "eliminar as posições de onde as Forças Armadas ucranianas têm bombardeado com armas pesadas áreas povoadas".
(Reportagem de Gabriela Baczynska)