MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse nesta sexta-feira que matou um proeminente líder guerreiro islâmico responsável por uma série de ataques mortíferos contra policiais, além de nove militantes, em uma operação especial no Dagestão, no sul do país.
O Dagestão, onde críticos do Kremlin afirmam que a pobreza e a corrupção ajudam a alimentar o extremismo islâmico, é abalado com frequência por tiroteios e explosões de carros-bomba. Um homem-bomba matou dois policiais na região em fevereiro em um ataque assumido pelo Estado Islâmico.
O comitê de combate ao terrorismo da Rússia informou que quatro soldados das forças especiais russas foram mortos e que cinco ficaram feridos nos confrontos, resultante de uma operação conjunta entre o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em inglês) e o Ministério do Interior.
O comitê identificou o líder islâmico como Gasan Abudullayev em seu comunicado, divulgando fotos do militante diante de uma bandeira negra com frases em árabe e segurando um rifle de assalto, e disse que ele e outros vinham planejando atentados terroristas.
As forças especiais ainda estão trabalhando para rastrear outros militantes, disse o comitê.
O Dagestão faz fronteira com a Chechênia, onde Moscou conduziu duas guerras contra separatistas e extremistas religiosos desde o colapso soviético em 1991.
(Por Vladimir Soldatkin, Dmitry Solovyov e Jack Stubbs)