Por Lisa Barrington
BEIRUTE (Reuters) - Pelo menos sete pessoas morreram em um ataque rebelde de artilharia contra uma vizinhança na cidade síria de Aleppo controlada pela milícia curda YPG, neste sábado, informou um grupo de monitoramento, à medida que os rebeldes tomavam territórios ao sul do país.
Mais de 40 pessoas também ficaram feridas no ataque contra a vizinhança de Sheikh Maqsoud, relatou o Observatório Sírio para Direitos Humanos. Essa área é um distrito próximo ao único ponto de saída e entrada para partes mantidas por rebeldes no norte da cidade — a rodovia Castello.
Uma escalada em ataques aéreos e de artilharia nas últimas semanas ao redor da cidade a tornaram virtualmente intransponível, e colocaram centenas de milhares de pessoa em Aleppo sob cerco efetivo.
Centenas de pessoas foram mortas em Aleppo desde que as conversas de paz cessaram em abril, à medida que o presidente sírio, Bashar al-Assad, busca retomar controle dessa cidade, a maior do país antes da guerra, mas que agora está dividida entre setores rebeldes e do governo.
Os rebeldes disseram no passado que seus ataques contra a vizinhança eram uma resposta às tentativas da milícia curda de cortar o acesso à rodovia.
A YPG controla quase toda a fronteira ao norte da Síria, com a Turquia, e tem sido uma aliada próxima dos Estados Unidos, na campanha contra o Estado Islâmico na Síria. Muitos rebeldes no oeste sírio não confiam no YPG porque dizem que o grupo colabora com Damasco em vez de combatê-lo, uma acusação que a milícia curda nega.
Sheikh Maqsoud tem sofrido intensos bombardeios desde meados de fevereiro, que resultaram na morte de mais de 132 civis e deixaram mais de 900 feridos, disse o Observatório.
Um cessar-fogo de 48 horas em Aleppo anunciado pela Rússia na quinta-feira teve pouco impacto nos combates, e os bombardeios e disparos de artilharia continuaram dentro e fora da cidade desde então.