Por Simon Evans
ZURIQUE (Reuters) - Os planos de reforma da Fifa foram postos em dúvida nesta segunda-feira, quando o escolhido da organização para liderar uma força-tarefa, o empresário suíço Domenico Scala, disse que não aceitará o cargo a menos que receba garantias de independência total.
Ao menos metade das seis confederações continentais da Fifa pediram a Scala que aceitasse a função de líder neutro da força-tarefa, mas ele deixou claro nesta segunda-feira que não está contente com o desenrolar dos acontecimentos.
"Domenico Scala jamais se candidatou a tal presidência. Ele estudaria presidir tal força-tarefa somente com a condição estrita de que a independência fosse garantida", disse o porta-voz de Scala.
A Fifa está em crise desde maio, quando nove dirigentes e cinco executivos ligados ao marketing esportivo foram acusados pelo Departamento de Estado norte-americano de explorar a modalidade para ganho próprio através de subornos de mais de 150 milhões de dólares ao longo de 24 anos. Entre os presos está o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Na esteira do escândalo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, comunicou que irá renunciar em fevereiro próximo.
A Fifa vem sofrendo pressão para limpar o nome desde então, e grandes patrocinadores como Coca-Cola, Visa e McDonald´s estão exigindo reformas.