ROMA (Reuters) - O governo da região de Piemonte, no norte da Itália, anunciou neste domingo suspensão temporária de aplicação de vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34) depois que um professor da cidade de Biella morreu após ser vacinado no sábado.
A decisão, seguindo movimentos semelhantes em outras partes da Europa, foi cautelosa e a região aguarda os resultados das análises do lote que foi usado e se há uma conexão entre a morte e a vacinação, disse o governo regional em comunicado.
O governo não informou como o professor morreu.
“É um ato de extrema prudência, enquanto verificamos se há uma conexão. Não houve problemas críticos com a administração de vacinas até agora”, disse Luigi Genesio Icardi, chefe dos serviços regionais de saúde, em comunicado. A autoridade médica italiana Aifa proibiu na quinta-feira o uso de um lote da vacina da AstraZeneca. Fontes disseram à Reuters que a decisão foi tomada após a morte de dois homens na Sicília.
Autoridades na Dinamarca, Noruega e Islândia suspenderam o uso da vacina por causa de problemas de coagulação, enquanto a Áustria parou de usar um lote de vacinas AstraZeneca na semana passada enquanto investiga uma morte por distúrbios de coagulação.
A Agência Européia de Medicamentos disse que não há indícios de que os eventos tenham sido causados pela vacinação, uma visão que foi compartilhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na sexta-feira. A AstraZeneca também disse que não encontrou nenhuma evidência de aumento do risco de trombose venosa profunda.
A Irlanda também suspendeu temporariamente a vacina da AstraZeneca "por excesso de cautela" no domingo, citando relatórios da Agência Norueguesa de Medicamentos sobre um grupo de coagulação sanguínea grave em alguns receptores.
(Por Giulia Segreti)