LONDRES (Reuters) - O Reino Unido perdeu 6,6 bilhões de libras em atividade econômica a cada trimestre desde que votou a favor de deixar a União Europeia, segundo a S&P Global Ratings, a mais recente instituição financeira a estimar os prejuízos do Brexit.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira, o economista sênior de estatísticas da agência, Boris Vidro, disse que a quinta maior economia do mundo seria cerca de 3 por cento maior até o final de 2018 se o Brexit não tivesse sido aprovado no referendo de junho de 2016.
As taxas de crescimento trimestrais teriam uma média de 0,7 por cento, em vez de 0,43 por cento, afirmou ele.
"Imediatamente após o referendo, a libra caiu cerca de 18 por cento. Esse foi o indicador mais pertinente do impacto do voto, e a devastação que ele criou, através da inflação, vem se espalhando pela economia", disse Vidro.
À medida que as importações se tornaram mais caras, a inflação começou a subir, reduzindo os gastos das famílias. A inflação estimada pela S&P foi 1,8 por cento maior do que seria no terceiro trimestre de 2017.
A estimativa é um pouco menor do que uma avaliação feita pelo Goldman Sachs no início desta semana, que estabeleceu o custo para a economia em cerca de 600 milhões de libras por semana. Isso equivale a 7,8 bilhões de libras por trimestre, de acordo com cálculos da Reuters.
O relatório da S&P foi baseado na abordagem Doppelganger, uma técnica econométrica que usou uma economia do Reino Unido com base no desempenho de outras economias para estimar como o Reino Unido se desenvolveria caso não tivesse decidido deixar a UE.
A projeção também inclui Estados Unidos, Canadá, Japão, Irlanda, Dinamarca, Portugal e Hungria.
(Reportagem de Josephine Mason)