Por Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - Matteo Renzi, que desencadeou uma crise política italiana este mês ao retirar o partido Italia Viva da coalizão governista, gostaria de ver o ex-chefe do banco Central Europeu Mario Draghi se tornar primeiro-ministro, afirmou uma fonte do partido neste domingo.
Aliados da antiga coalizão estão em discussões para tentar superar suas diferenças para reviver o governo, que colapsou formalmente semana passada quando o primeiro-ministro Giuseppe Conte renunciou.
Renzi criticou repetidas vezes a maneira como Conte lidou com a pandemia de coronavírus e a crise econômica que derivou dela, e uma fonte do partido confirmou uma reportagem do jornal La Stampa de que o Italia Viva gostaria que Draghi se tornasse o próximo primeiro-ministro.
“Eu diria que essa é uma das nossas propostas”, disse a fonte, que não quis ser identificada.
O jornal La Stampa publicou no domingo que o presidente Sergio Mattarella já sondou Draghi. O gabinete do chefe de Estado negou rapidamente essa informação, dizendo que não houve contato entre os dois durante a crise política.
Não houve nenhum comentário imediato de Draghi, que praticamente desapareceu dos olhos do público desde que seu mandato no BCE terminou em 2019.