Por Moira Warburton
WASHINGTON (Reuters) - Enquanto autoridades norte-americanas lutam para conter a desinformação sobre os desastres naturais atingindo o país, pelo menos três republicanos no Congresso condenaram as teorias da conspiração repetidas por membros do seu próprio partido.
O deputado Chuck Edwards, que representa um distrito da Carolina do Norte duramente atingido pelas inundações causadas pelo furacão Helene no final de setembro, denunciou os "rumores absurdos" espalhados por "fontes não confiáveis que tentam gerar caos".
As inundações devastaram grande parte do interior no oeste da Carolina do Norte, um resultado inesperado em um Estado acostumado a lidar com furacões ao longo da costa atlântica. Agora, a Flórida se prepara para o impacto direto do poderoso furacão Milton que se dirige para a costa oeste do Estado.
Uma das fontes de desinformação é a colega republicana e também deputada Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, que usou tanto sua conta oficial de congressista quanto sua conta pessoal nas redes sociais para espalhar desinformação.
"Pergunte ao seu governo se o clima é manipulado ou controlado. Você já deu permissão para eles fazerem isso? Você está pagando por isso? Claro que está", escreveu Greene em uma de suas postagens na sua conta oficial na segunda-feira.
Edwards desmentiu diretamente essa informação em sua declaração, mas não mencionou Greene pelo nome.
"Ninguém pode controlar o clima", ele disse. "Por favor, verifiquem o que leem online com uma fonte confiável."
O gabinete de Greene não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O deputado Carlos Gimenez, um republicano da Flórida que representa a ponta sul do Estado, também condenou as teorias da conspiração.
"Aviso importante", ele disse em uma postagem nas redes sociais nesta quarta-feira, respondendo diretamente à publicação de Greene. "Os humanos não podem criar ou controlar furacões. Quem pensa isso precisa ter a cabeça examinada.”
O senador Thom Tillis, republicano que representa a Carolina do Norte, também disse que essa "distração" precisa acabar.
"Muitas dessas observações vêm de pessoas que nem estão no local", disse ele à CNN no domingo.