Por David Morgan e Moira Warburton e Makini Brice
WASHINGTON (Reuters) - O conservador radical Jim Jordan prometeu nesta quinta-feira continuar na disputa para presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, depois que seus colegas republicanos abandonaram um plano alternativo para permitir que a Casa retomasse suas atividades.
Jordan, que fracassou em duas votações para presidente da Câmara esta semana, saiu de uma longa reunião a portas fechadas com colegas republicanos para dizer que prosseguiria com uma terceira votação.
“Ainda estou concorrendo a presidente da Câmara e pretendo ir ao plenário, obter os votos e vencer esta disputa”, disse Jordan aos repórteres.
De acordo com parlamentares presentes na reunião, Jordan chegou a dizer que suspenderia sua candidatura para presidente e pediu-lhes que ampliassem a autoridade do deputado Patrick McHenry, que tem atuado como presidente interino desde 3 de outubro, quando um pequeno grupo de membros do partido destituiu Kevin McCarthy.
Mas muitos republicanos se opuseram a essa proposta.
O vácuo de liderança da Câmara tem impedido o Congresso de agir em questões legislativas urgentes.
Espera-se que o presidente Joe Biden peça ao Congresso nesta semana para aprovar até 60 bilhões de dólares para a Ucrânia e 10 bilhões de dólares para Israel, enquanto o financiamento do governo federal expira em menos de um mês.
Jordan não conseguiu, por duas vezes, garantir os 217 votos necessários para assumir o cargo de presidente da Câmara, pois enfrentou a oposição dos democratas e de mais de 20 de seus colegas republicanos.
Os republicanos que votaram contra ele nas duas primeiras vezes preveem que ele também fracassará na terceira votação.
A prolongada batalha pela liderança expôs as divisões internas entre os republicanos, que controlam a Câmara por uma margem estreita de 221 cadeiras contra 212 dos democratas. Os investidores dizem que a turbulência no Capitólio também está contribuindo para a volatilidade do mercado.