Por Suleiman Al-Khalidi
BEIRUTE (Reuters) - Um acordo mediado pela Organização das Nações Unidas para retirar mais de 2.000 militantes do Estado Islâmico e de outros grupos dos subúrbios controlados pelos rebeldes em Damasco, neste sábado, foi adiado por causa da morte de um líder insurgente, disse uma organização que monitora a guerra da Síria.
A ONU disse que quer convocar negociações de paz em Genebra, em 25 de janeiro, para tentar encerrar quase cinco anos de guerra civil e apelou para as partes envolvidas não permitirem que eventos no campo de batalha prejudiquem o processo.
A retirada de Damasco era para ter acontecido no começo do sábado, mas atrasou já que agora não há território seguro para os militantes passarem, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos, um grupo de monitoramento britânico e independente que acompanha a violência na Síria.
Alguns ônibus deveriam transportar os militantes para Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico no norte da Síria, disse a emissora de televisão do Hezbollah no Líbano, Al Manar. Mas o plano foi por terra quando o líder do grupo rebelde Jaysh al Islam, Zahran Alloush - cujo território foi cedido para o transporte seguro dos militantes - foi morto em um ataque aéreo na sexta-feira, disse a Al Manar.
O acordo foi o primeiro desse tipo entre autoridades sírias e o Estado Islâmico. Teria marcado um sucesso significativo para o governo do presidente Bashar al-Assad, aumentando as suas chances de reassumir o controle de uma área estratégica de 4 quilômetros ao sul do centro da capital.
Não estava claro quando a retirada poderia acontecer.