Por Tom Hals
WILMINGTON, Estados Unidos (Reuters) - O número de crianças imigrantes sob os cuidados dos Estados Unidos que ainda não foram devolvidas às suas famílias depois de serem separadas na fronteira com o México quase não mudou na última semana, uma vez que o governo tem dificuldade para localizar pais que já não estão mais no país.
Mais de 500 das mais de 2.500 crianças separadas dos pais por autoridades na divisa continuam sob responsabilidade do governo norte-americano. O número caiu de 572 na semana passada para 559 nesta semana, de acordo com dados apresentados na quinta-feira.
A separação de crianças e pais era parte da política de "tolerância zero" do presidente Donald Trump para desestimular a imigração ilegal. A diretriz foi descartada em 20 de junho devido às críticas em casa e no exterior.
Pouco depois o juiz Dana Sabraw ordenou que o governo reunificasse as famílias dentro de 30 dias. Mas desde que a maioria das reunificações ocorreu, em julho, houve pouco progresso, principalmente porque muitos dos pais remanescentes foram transferidos dos EUA para Guatemala e Honduras.
Nos documentos apresentados na quinta-feira, Washington disse que ainda não finalizou um plano para reunir 386 crianças cujos pais foram retirados do país, mas disse que indicou representantes de quatro agências governamentais para supervisionarem o processo juntamente com os demandantes no caso.
Na terça-feira o governo forneceu informações de contato de pais e familiares destas crianças ao grupo União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que iniciou o caso, segundo os autos.
A ACLU disse estar trabalhando com várias instituições de caridade para encontrar os pais, mas que está frustrada com a lentidão do governo para fornecer informações. Na semana passada Sabraw classificou o progresso do governo como "inaceitável".
Nove crianças foram enviadas de volta à Guatemala na terça-feira, as primeiras daquela nação a serem transferidas de avião dos EUA para se reencontrarem com os pais.