(Para ver as notícias do Reuters Latin American Investment Summit: http://www.reuters.com/summit/LatinAmerica17)
Por Nicolás Misculin e Caroline Stauffer
BUENOS AIRES (Reuters) - Os investimentos na Argentina vão se multiplicar após a coalizão governista ganhar "por muito" as eleições legislativas em nível nacional em outubro, disse o presidente argentino, Mauricio Macri, à Reuters nesta terça-feira, dias antes de primárias consideradas chave por parte dos investidores.
Macri abriu a economia do país depois de assumir a Presidência no final de 2015, após 12 anos de amplas regulações, mas muitos investidores se perguntam até que ponto poderão aprofundar suas reformas de mercado, caso a ex-presidente Cristina Kirchner consiga um forte apoio à sua candidatura para o Congresso.
"Uma vez que confirmemos a vocação de mudança agora em outubro, (os investimentos) vão multiplicar várias vezes", disse Macri no Reuters Latin American Investment Summit.
Até agora, as pesquisas sugerem que a coalizão governista Cambiemos vai ganhar em muitos distritos, mas pode perder a votação para o Senado contra a ex-presidente de centro-esquerda na província de Buenos Aires, a mais populosa do país.
"Vamos ganhar por muito em nível nacional e também espero que possamos vencer, ainda que por pouco, na província (de Buenos Aires)", afirmou Macri.
Analistas estimam que, de qualquer forma, é muito difícil que a composição do Congresso se modifique após as eleições, e que o governo vai continuar a negociar com a oposição para aprovar medidas importantes no Parlamento.
No salão Eva Perón --paradoxalmente um ícone do peronismo, que está na oposição-- da Casa Rosada, Macri destacou a desaceleração da inflação alcançada por seu governo e o crescimento incipiente da economia.
"A Argentina está crescendo, vai fechar este ano com crescimento de 3 por cento. No próximo ano começamos com uma base de crescimento, porque o último trimestre vai crescer 4,5 por cento", disse o presidente.
Esse crescimento ajudaria a reduzir o déficit da Argentina a 3,2 por cento no próximo ano, contra 4,2 por cento em 2017. "Crescer 4 por cento no próximo ano, isso nos gera receitas fiscais adicionais", afirmou ele.
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