Por Maayan Lubell
JERUSALÉM (Reuters) - Benny Gantz, o ex-general que chegou perto de encerrar o longo predomínio do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, na política de Israel, está vendo sua estrela se apagar rapidamente, já que um novo rival da direita está emergindo como desafiante para a eleição marcada para março.
Apesar de seu partido de centro Azul (SA:AZUL4) e Branco estar à beira da dissolução, Gantz prometeu seguir em frente e pôr fim ao reinado de mais de uma década de Netanyahu.
"Muitos mencionaram o termo 'suicídio político' a mim, mas não me importei então e não me importo agora. Só vejo o Estado de Israel", disse Gantz em uma coletiva de imprensa na terça-feira.
Mas ele sofreu mais um revés nesta quarta-feira quando o ministro das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi, se tornou o veterano mais recente a sair do partido.
Em meio à revolta crescente de todo o espectro político com a maneira como Netanyahu está lidando com a crise do coronavírus, a principal ameaça ao premiê parece ser Gideon Saar, um dissidente de seu partido de direita Likud.
Saar acusa Netanyahu, que foi indiciado por corrupção, de colocar seu interesse pessoal acima do da nação. Netanyahu, que nega qualquer irregularidade, refutou a alegação.
Uma pesquisa da N12 News projetou que o Likud deve ser reduzido a 28 cadeiras no Parlamento de 128 vagas, que Netanyahu deve ficar aquém de uma maioria governista, que o Azul e Branco encolherá para cinco assentos e que o partido Nova Esperança de Saar conquistará 19 vagas na eleição de 23 de março.
Até maio, Gantz era a grande esperança da centro-esquerda de Israel, desesperada para derrubar Netanyahu em três eleições realizadas desde 2019 nas quais o Azul e Branco competiram lado a lado com o Likud, ganhando cerca de 35 cadeiras cada.