Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - O candidato independente à Presidência dos Estados Unidos Robert F. Kennedy Jr. disse nesta terça-feira que tem "esqueletos no armário" ao ser questionado sobre acusações de um artigo da revista Vanity Fair de que ele teria assediado uma ex-babá da família sexualmente.
Kennedy também desmentiu uma foto em que posa ao lado da carcaça grelhada de um grande animal -- que, segundo a Vanity Fair, parecia ser um cachorro. Ele disse que a carcaça era de uma cabra.
A Vanity Fair afirmou que Kennedy enviou a foto a um amigo no ano passado, dizendo que o amigo talvez gostasse de um restaurante na Coreia do Sul que tinha cachorro no cardápio.
"Ei, @VanityFair", escreveu Kennedy, na rede social X, "quando seus especialistas veterinários dizem que uma cabra é um cachorro, e seus especialistas forenses dizem que uma foto tirada na Patagônia foi tirada na Coreia, você sabe que se juntou aos tabloides de supermercado".
A foto foi tirada em 2010, segundo metadados digitais do arquivo, disse o artigo, mesmo ano em que Kennedy foi diagnosticado com um parasita no cérebro. Desde então, ele se recuperou completamente, segundo sua campanha.
A Reuters não conseguiu confirmar de maneira independente detalhes do artigo.
Kennedy, que concorre na eleição presidencial de 5 de novembro contra o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump, foi considerado um possível "estraga-prazeres" eleitoral diante da possibilidade de tirar votos dos candidatos dos dois grandes partidos.
O artigo da Vanity Fair afirma que, em 1998, Kennedy e a então esposa Mary Richardson contrataram uma mulher de 23 anos, Eliza Cooney, para ser babá em meio-período. Ela disse à revista que Kennedy a apalpou na cozinha da família.
Questionado sobre a acusação, Kennedy disse a um podcast nesta terça-feira: "Eu não sou um coroinha".
"Eu tive uma juventude muito, muito agitada", disse ao podcaster Saagar Enjeti.
"Eu disse em meu discurso de anúncio (da candidatura) que eu tinha tantos esqueletos no meu armário que, se todos pudessem votar, eu poderia ser candidato a rei do mundo".
Pressionado a dizer se negava a acusação de assédio sexual, Kennedy disse: "Não vou comentar".
A Reuters não conseguiu encontrar Cooney para comentários.
(Reportagem de Stephanie Kelly)