DUBAI (Reuters) - O presidente Hassan Rouhani disse nesta quarta-feira que o Irã não tem planos de colocar em quarentena quaisquer "cidades e distritos" em resposta ao surto de coronavírus no país, que o Ministério da Saúde disse ter matado 19 pessoas, informou a TV estatal.
No entanto, havia planos de impor alguma restrição em locais sagrados xiitas e cancelar alguns sermões na sexta-feira, o tradicional dia de oração pública da República Islâmica, disse o ministro da Saúde, Saeed Namaki.
O Irã teve o maior número de mortes pelo vírus fora da China, onde ele surgiu no final de 2019. O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Jahanpur, disse que 139 pessoas foram infectadas.
Rouhani acusou os Estados Unidos, inimigo de longa data, de tentar paralisar o país com medo.
"Não devemos permitir que a América adicione um novo vírus ao coronavírus, interrompendo nossas atividades sociais, espalhando um tremendo medo", disse Rouhani, segundo a TV estatal.
Vários vizinhos do Irã fecharam suas fronteiras e proibiram voos do Irã devido a temores em relação ao vírus, o que poderia prejudicar a já frágil economia da República Islâmica.
A economia do Irã está arrasada desde que os Estados Unidos se retiraram de um acordo nuclear multilateral em 2018 e voltaram a impor sanções contra Teerã.
Reportagem de Babak Dehghanpisheh