MOSCOU/WASHINGTON (Reuters) - A Rússia acusou os Estados Unidos de tentarem de forma injusta conquistar na sexta-feira uma participação no mercado de serviços espaciais depois que os militares norte-americanos impuseram restrições sobre a cooperação em lançamentos espaciais com Moscou.
O Departamento de Defesa dos EUA disse na sexta-feira que proibiu contratos para serviços de satélites russos comerciais caso eles representem um risco inaceitável de segurança cibernética, como mostrou um documento do governo dos Estados Unidos.
As restrições se aplicam a lançamentos marcados a partir de 31 de dezembro de 2022, e se estendem a serviços com satélites e veículos de lançamento, diz o documento. China, Coreia do Norte, Irã, Sudão e Síria já estão sujeitos às mesmas restrições, diz o documento.
O porta-voz do Pentágono major Chris Mitchell disse que previa que o Departamento de Defesa evitaria imediatamente contratar fornecedores russos de satélites comerciais.
"Essa política se relaciona especificamente ao Departamento de Defesa, que não é responsável pela estação espacial", disse. "Perguntas em relação à cooperação EUA-Rússia na Estação Espacial Internacional deveriam ser direcionadas à Nasa".
Moscou criticou a medida.
"Os Estados Unidos há muito conduzem uma política para tentar forçar a Rússia para fora do mercado de serviços de lançamento", disse o diretor da corporação espacial Roscosmos, Dmitry Rogozin, segundo a agência de notícias Tass na sexta-feira.