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Por Dmitry Antonov
MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse na terça-feira que permitir que o tratado nuclear Novo Start com os Estados Unidos expire em fevereiro próximo seria arriscado para a segurança internacional.
Em uma ligação com os repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia teria que tomar medidas não especificadas se os EUA não concordarem com a proposta do presidente Vladimir Putin na segunda-feira de que ambos os lados deveriam aderir aos limites do tratado sobre as armas nucleares estratégicas mobilizadas por mais um ano.
O Novo Start, último acordo nuclear entre os dois países, está programado para expirar em 5 de fevereiro, e Peskov disse que seria "praticamente impossível" negociar um tratado sucessor antes disso -- daí a sugestão de Putin de manter seus limites prescritos para as ogivas nucleares.
"O tempo... está se esgotando, e estamos realmente no limiar de uma situação em que poderíamos ficar sem nenhum documento bilateral que regule a estabilidade e a segurança estratégicas, o que, é claro, está repleto de grandes perigos de uma perspectiva global", declarou Peskov.
Segundo ele, a iniciativa de Putin não foi discutida antecipadamente com o presidente dos EUA, Donald Trump.
A Casa Branca disse na segunda-feira que a proposta de Putin parecia "muito boa", e Trump a abordaria.
Manter os limites do tratado em vigor permitiria que ambos os lados evitassem -- ou pelo menos adiassem -- uma dispendiosa corrida armamentista que, segundo especialistas nucleares, provavelmente ocorreria se o Novo Start caducasse completamente.
Os dois presidentes poderiam apresentá-lo como uma conquista diplomática positiva após meses de contatos telefônicos e uma cúpula no Alasca em agosto que não conseguiu produzir progresso para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia.
Putin disse na segunda-feira que a Rússia só estenderia sua observância dos limites do tratado se os norte-americanos fizessem o mesmo.
"Se eles não forem cumpridos do outro lado, então, é claro, medidas terão que ser tomadas", afirmou Peskov, sem elaborar sobre quais medidas a Rússia poderia tomar.
Ele disse que não está claro quando o próximo contato entre Putin e Trump poderia ocorrer. Rússia e Estados Unidos têm, de longe, os maiores arsenais nucleares do mundo.