Por Andrew Chung
(Reuters) - A juíza Ruth Bader Ginsburg, de 87 anos, integrante mais velha da Suprema Corte dos EUA, disse na sexta-feira que está recebendo tratamento quimioterápico para a recorrência de câncer --o mais recente de uma série de problemas de saúde-- mas não indicou intenção de se aposentar.
Em um comunicado divulgado pelo tribunal, Ginsburg afirmou que exame periódico em fevereiro, seguido de uma biópsia, revelou lesões no fígado e ela começou a quimioterapia em 19 de maio. Oncologistas disseram que as informações que Ginsburg divulgou sobre sua condição indicam que ela está tendo uma propagação do câncer de pâncreas, um desenvolvimento grave.
Ginsburg, veterana juíza liberal da corte, disse que o tratamento está produzindo resultados positivos e que ela continuará a cada duas semanas. Ela foi tratada anteriormente para câncer de pâncreas em 2019 e 2009.
"Estou tolerando bem a quimioterapia e encorajada pelo sucesso do meu tratamento atual", declarou Ginsburg.
"Eu sempre disse que continuaria sendo integrante da corte enquanto pudesse fazer o trabalho a todo vapor. Continuo plenamente capaz de fazer isso", acrescentou.
A saúde de Ginsburg é observada de perto porque uma vaga na Suprema Corte poderia dar ao presidente republicano Donald Trump a oportunidade de nomear um terceiro juiz para a corte de nove membros e movê-la mais para a direita. O tribunal atualmente possui uma maioria conservadora de 5 a 4, incluindo dois juízes nomeados por Trump --Brett Kavanaugh em 2018 e Neil Gorsuch em 2017.