MOSCOU (Reuters) - A Rússia declarou neste sábado que quer ver uma missão de monitoramento europeia maior na Ucrânia para ajudar a supervisionar a retirada de morteiros, tanques e artilharia leve, de acordo com acordos recentes.
O apoio russo a uma missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pode ser mais um sinal de que Moscou deseja que o processo de paz vingue, um desfecho que poderia eventualmente levar a um alívio nas sanções ocidentais.
"A Rússia é a favor de aumentar o número de observadores para o máximo permitido de mil", afirmou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, acrescentando que a missão atual tem 543 efetivos.
"Isto é especialmente atual em vista das novas tarefas de cumprimento dos acordos de 29 de setembro a respeito da retirada de morteiros, tanques e artilharia leve".
O ministério emitiu a declaração antes das conversas de segunda-feira entre o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, em Moscou.
A missão da OSCE na Ucrânia opera sobretudo em duas regiões do leste controladas pelos rebeldes separatistas, em consonância com os acordos de paz firmados em Minsk, capital de Belarus, em fevereiro, e é responsável pelo monitoramento de um cessar-fogo entre os separatistas e as forças do governo ucraniano.
Desde o pacto de fevereiro, a OSCE relatou inúmeros violações da trégua de ambos os lados, assim como indícios de que as partes descumpriram promessas anteriores para retirar armas, o que ilustra as dificuldades de monitorar o cessar-fogo.
Mas, desde que uma nova trégua entrou em vigor em 1º de setembro, houve uma redução acentuada nas violações e novos entendimentos para reduzir as tensões.
(Por Jason Bush)