NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Rússia afirmou nesta quinta-feira que a Europa deve esboçar planos para combater o contrabando de imigrantes pelo mar Mediterrâneo a partir da Líbia em patrulhas antipirataria na costa da Somália, mas que seria muito radical destruir os barcos usados.
Líderes da União Europeia concordaram no mês passado em "identificar, capturar e destruir barcos antes de serem utilizados pelos traficantes", mas não está claro como isso pode ser alcançado, e o bloco quer autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para que a operação funcione.
Membros europeus do Conselho de Segurança da ONU --Grã-Bretanha, França, Lituânia e Espanha-- estão elaborando uma resolução para autorizar uma intervenção em alto mar, em águas territoriais da Líbia e em território líbio para apreender embarcações.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, comentou a tentativa de destruir os barcos: "Acreditamos que está indo longe demais."
"Acreditamos que devemos ficar dentro do escopo que temos, mais ou menos o que temos para a situação de pirataria ao largo da costa da Somália. Temos um bom precedente, então porque não usá-lo?", disse ele a repórteres.
A resolução do Conselho de Segurança da ONU que autoriza as operações antipirataria exige a apreensão e eliminação de "barcos, navios, armas e outros equipamentos afins utilizados na pirataria e assaltos à mão armada no mar ao largo da costa da Somália."
(Reportagem de Michelle Nichols)