Por Vladimir Soldatkin e Timothy Heritage
MOSCOU (Reuters) - Rússia e China assinaram nesta sexta-feira um acordo de 25 bilhões de dólares para fortalecer os empréstimos chineses a empresas russas e uma série de outros pactos que irão aprofundar a cooperação econômica entre os países, diante da deterioração dos laços de Moscou com o Ocidente em função da crise na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, louvaram a relação cada vez melhor entre seus países depois das conversas no Kremlin e de uma cerimônia de assinatura na véspera de um desfile militar marcando o final da Segunda Guerra Mundial na Europa.
Xi é um dos cerca de 30 dignitários estrangeiros que estarão presentes aos eventos do aniversário em Moscou, mas a parada na Praça Vermelha será boicotada por líderes ocidentais para demonstrar seu desagrado com o papel russo no conflito ucraniano.
"Hoje a China é nosso parceiro estratégico e essencial", disse Putin depois de ele e Xi presidirem uma cerimônia de assinatura diante de levas de servidores chineses e russos no Kremlin.
Xi, que assim como Putin parecia relaxado, convidou o mandatário russo a comparecer às comemorações de guerra na China no dia 3 de setembro. Putin aceitou, afirmando que as duas nações foram as que mais sofreram na guerra. O presidente chinês declarou que as conversas mostraram que Pequim e Moscou compartilham as mesmas visões sobre muitos problemas globais.
Os dois líderes disseram ser necessário se resguardar contra um ressurgimento do fascismo e das tentativas de reescrever a história, ecoando comentários anteriores de Putin criticando o Ocidente e a Ucrânia por, em sua opinião, subestimarem o papel soviético no desfecho da guerra.
(Reportagem adicional de Alexander Winning, Elizabeth Piper, Jack Stubbs, Gleb Stolyarov e Jason Bush)