MOSCOU (Reuters) - Investigadores russos disseram nesta quinta-feira ter detido a diretora de uma biblioteca de Moscou especializada em literatura ucraniana e aberto um processo criminal para determinar se ela era culpada por incitar o ódio étnico.
A prisão de Natalya Sharina, de 58 anos, ocorreu depois de uma revista na biblioteca, na qual os investigadores disseram ter descoberto material impresso contendo "propaganda anti-russa" e escritos extremistas de Dmytro Korchinskiy, um autor nacionalista ucraniano.
O incidente deverá agravar as relações já precárias entre a Rússia e a Ucrânia, que estão definhando, em seu pior momento depois da dissolução da União Soviética em decorrência da anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, no ano passado, e seu apoio aos separatistas armados no leste da Ucrânia.
O Kremlin nega que suas forças ajudem os rebeldes.
Os investigadores disseram que Sharina, encarregado da biblioteca de literatura ucraniana em Moscou desde 2011, tinha distribuído os escritos de Korchinskiy, apesar de as autoridades russas o terem banido e classificado como extremista.
"A investigação continua", disse em um comunicado o Comitê de Investigação da Rússia.
(Reportagem de Andrew Osborn)