MADRI (Reuters) - Pedro Sánchez ficou um passo mais perto de obter um mandato renovado como primeiro-ministro da Espanha nesta quinta-feira, depois que um partido catalão secessionista disse que seus assentos parlamentares suspensos, conquistados por separatistas presos, provavelmente contarão como abstenções em uma votação acirrada.
Os socialistas espanhóis, liderados pelo premiê interino Sánchez, conquistaram a maioria dos votos na eleição de 28 de abril, mas sem conseguir uma maioria, o que os obrigou a buscar o apoio de partidos menores no Parlamento para formar um governo.
Se Sánchez não angariar os votos necessários para uma maioria simples, provavelmente convocará uma nova eleição nacional.
Os socialistas, que obtiveram 123 das 350 cadeiras do Parlamento, precisam do apoio da sigla de extrema-esquerda Unidas Podemos e de partidos regionais menores para ter uma maioria simples contra os partidos de direita, que votarão contra Sánchez.
Mas os números são apertados e os socialistas só terão maioria se ao menos um parlamentar se abstiver.
Nesta quinta-feira, a parlamentar catalã Laura Borras disse que, embora seu partido vá votar contra Sánchez, as três cadeiras de separatistas sendo julgados por organizarem um referendo de independência em 2017 provavelmente contarão como abstenções – o que deixaria os números a favor de Sánchez.
A votação deve ocorrer em meados de julho.
(Por Belen Carreno)