Por Jonathan Landay
ISTAMBUL (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, viajou para o Golfo Pérsico nesta segunda-feira para reuniões cuja meta é obter um avanço na crise causada pelo corte dos laços diplomáticos e de transportes da Arábia Saudita e de três aliados regionais com o Catar.
O Departamento de Estado informou que Tillerson, que cultivou muitas relações no Golfo como diretor-executivo da ExxonMobil (NYSE:XOM), irá conversar com líderes no Kuwait, Catar e na Arábia Saudita. Ele partiu de Istambul, onde participou de uma conferência internacional de petróleo.
R.C. Hammond, assessor de longa data de Tillerson, disse que ele irá explorar maneiras de romper o impasse na crise, já que o Catar rejeitou 13 exigências que os sauditas, os Emirados Árabes Unidos, o Barein e o Egito impuseram como condições para suspender suas sanções.
"As viagens à Arábia Saudita e ao Catar tratam da arte do possível", disse Hammond, que acrescentou que as 13 exigências "são assunto encerrado" e "não são dignas de revisitar como pacote. Individualmente há coisas ali que poderiam funcionar".
Entre elas está o fechamento da Al Jazeera, rede de televisão pan-árabe sediada no Catar, e uma base militar turca em solo catariano. A Arábia Saudita e seus apoiadores, que acusam a Al Jazeera de ser uma plataforma para extremistas e um agente de interferência em seus assuntos, ameaçaram novas sanções contra o emirado. A emissora nega as alegações.
Riad e seus aliados acusam o Catar de financiar grupos extremistas e de se aliar ao Irã, o inimigo regional dos países do Golfo. Doha nega apoiar organizações militantes, e muitos especialistas veem o bloqueio como uma tentativa saudita de conter a política externa cada vez mais independente do Catar.