Por Simon Lewis e Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - O principal diplomata do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentará desarmar uma crise com Moscou sobre a Ucrânia quando se encontrar com o chanceler russo em Genebra nesta semana, após visitas a líderes ucranianos em Kiev e a autoridades europeias em Berlim.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, viajará em meio a preocupações da Ucrânia e seus aliados ocidentais sobre as dezenas de milhares de soldados russos reunidos perto da Ucrânia.
"Os Estados Unidos não querem conflito. Queremos paz", disse uma autoridade graduada do Departamento de Estado dos EUA nesta terça-feira.
"O presidente (russo) (Vladimir) Putin tem o poder de tomar medidas para diminuir esta crise para que os Estados Unidos e a Rússia possam buscar um relacionamento que não seja baseado em hostilidade ou crise", acrescentou a repórteres.
A Rússia nega planejar uma nova ofensiva militar, mas fez várias exigências e disse que poderia realizar ações militares não especificadas, a menos que o Ocidente concorde com elas.
Blinken se reunirá com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, na quarta-feira.
Depois, em Berlim, ele se encontrará com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e então com autoridades de Reino Unido, França e Alemanha.
Um comunicado do Departamento de Estado informou que as discussões se concentrarão em parte na prontidão entre os aliados para impor "consequências maciças e custos econômicos severos à Rússia".
Blinken se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Genebra, na sexta-feira, para buscar uma saída diplomática com Moscou, disse a autoridade norte-americana.