RIO DE JANEIRO (Reuters) - Ao menos sete suspeitos de ligação com o tráfico de drogas morreram em confrontos com forças militares e policiais neste sábado no Rio de Janeiro, informou o gabinete de intervenção na área de segurança do Estado.
Os confrontos ocorreram no complexo do Lins, um conjunto de favelas na zona norte da capital. Um dos mortos é o traficante Sergio da Silva Júnior, conhecido como Da Russa.
Ele foi acusado em 2016 de participar de um estupro coletivo na zona oeste da capital, um caso com repercussão nacional e internacional. O bandido lidera o tráfico de uma favela da zona oeste mas estava escondido no complexo do Lins.
"Foram sete mortos, incluindo o Da Russa, e há mais feridos que foram levados para o hospital", disse à Reuters o porta-voz da intervenção federal na área de segurança, coronel Carlos Cinelli.
"Há feridos que foram levados ao hospital e o número de óbitos pode aumentar", completou Cinelli.
Na noite de sexta feira as Forças Armadas e a polícia do Rio iniciaram uma ocupação por tempo indeterminado em diversas favelas da zona oeste. Foram destacados quase 3.500 homens, sendo 2.800 militares das Forças Armadas que usam veículos pesados e blindados, além de aeronaves.
Segundo as Forças Armadas, até o fim da manhã foram presos 25 suspeitos e foram apreendidos veículos roubados, armas, drogas e munições.
A intervenção na área de segurança no Rio já tem mais de três meses e até agora os índices de violência não cederam no Estado. Durante o período de intervenção, houve vários casos de violência no Rio, entre eles a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela. Somente este ano, ao menos 56 agentes de segurança morreram no Estado.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)