A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), 62 anos, toma posse nesta 3ª feira (1º.out.2024). Sucessora do presidente Andrés Manuel López Obrador (Morena, esquerda), ela foi eleita com 59% dos votos. No país, o mandato dura 6 anos e não há reeleição.
Será a 1ª vez na história que uma mulher governará o México. Sheinbaum é formada em física e tem mestrado e doutorado em engenharia energética.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no México e vai acompanhar a cerimônia de posse.
Mesmo antes do início do mandato, a posse Claudia Sheinbaum se tornou motivo de discórdia com o governo da Espanha. A presidente eleita convidou formalmente só o primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, excluindo o Rei Filipe 6º.
De acordo com comunicado divulgado nas redes sociais de Sheinbaum, o motivo foi a recusa do monarca em “reconhecer os agravos da colonização“. O Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha respondeu. Em um comunicado, disse que não enviará nenhum representante para a cerimônia de po.
Sheinbaum é conhecida por defender os direitos de povos e comunidades indígenas e afromexicanas. Em seu plano de governo, constam ações para promover direitos sociais aos grupos, incluindo o ensino das 68 línguas indígenas faladas no México.
O governo de Claudia Sheinbaum marca a sequência do Movimento Regeneração Nacional no poder. É o mesmo partido de Andrés Manuel López Obrador.
REFORMA JUDICIAL NO MÉXICO
Sheinbaum apoia o novo modelo Judiciário no México, aprovado pelo Senado mexicano em 11 de setembro. Com as mudanças, os seguintes cargos devem ser eleitos por meio de votações diretas:
- Ministros da SCJN (Suprema Corte de Justiça da Nação)
- Magistrados de Circuito
- Juízes de Distrito
- Magistrados do Tribunal de Disciplina Judicial
Além disso, a reforma reduz número de juízes da Corte de 11 para 9 e o tempo de mandato de 15 para 12 anos. No plano de governo da presidente eleita, consta o objetivo de aumentar a confiança na reforma judicial.
A mudança na legislação têm sido criticada por opositores. O ex-presidente Felipe Calderón foi um dos questionadores.
“O México era uma democracia prestes a cair. Posso dizer-lhes que a democracia caiu. Como resultado de uma série de acontecimentos infelizes, uma reforma constitucional foi concluiu desaparecer o único poder independente que restava, que era o Judiciário“, declarou.