Rio de Janeiro, 14 jun (EFE).- A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira o investimento de R$ 2,66 milhões em obras em três favelas do Rio de Janeiro, e afirmou que apesar de seu governo estar comprometido com uma política fiscal responsável, não irá reduzir as despesas sociais.
"Não estamos gastando mais do que temos. Somos sérios quanto à nossa política fiscal", disse a governante ao reafirmar o compromisso com as metas de superávit nas contas públicas impostas para o ano de 2013.
Dilma admitiu que o governo poderá reduzir algumas despesas para cumprir essas metas, mas descartou cortes na área social.
"Não reduziremos os investimentos que beneficiem o povo porque esta é nossa prioridade e porque temos recursos suficientes para fazer isso de uma forma séria e sem inflação", garantiu.
A presidente fez essas declarações durante a cerimônia de lançamento do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) no complexo esportivo da Rocinha e prometeu investir em obras de infraestrutura na própria comunidade, e também no Complexo do Lins e no Jacarezinho.
Os recursos anunciados hoje totalizam metade dos R$ 5,9 bilhões que, segundo Dilma, foram destinados às favelas - como parte do PAC - desde que assumiu seu mandato, em janeiro de 2011.
"Esses investimentos representam melhorias nas casas, acesso a centros de saúde e esportivos, e escolas. Além disso, o objetivo também é oferecer condições para pacificar as comunidades e acabar com o controle privado da violência, o que muitas vezes acontece por causa da omissão do poder público", declarou.
As favelas que serão beneficiadas pelo investimento do PAC estão incluídas na política de pacificação do governo, que prevê a instalação de postos permanentes da polícia e investimentos sociais.
Os novos recursos serão destinados a obras de urbanização, ampliação de vias, instalação de redes de distribuição de água e de saneamento básico, coleta de lixo, teleférico para o transporte dos moradores e a construção de novas escolas e imóveis subsidiados.
Dilma aproveitou seu discurso para desmentir os boatos de que a situação do país se agravou nos últimos meses devido ao aumento da inflação, à desaceleração econômica e ao suposto aumento descontrolado de gastos.
"O Brasil não está enfrentando problemas como alguns críticos andam espalhando. Temos uma economia sólida e uma das menores relações no mundo entre a nossa dívida e o nosso Produto Interno Bruto (PIB)", afirmou ao lembrar que a dívida pública brasileira corresponde a menos de 37% do PIB.
A presidente garantiu que, apesar da crise internacional, o Brasil é um dos países com a menor taxa de desemprego no mundo.
Ela também insistiu que a inflação está sob controle e que, após os reajustes dos primeiros meses, a tendência é que os preços se estabilizem. "Jamais deixaremos que a inflação volte a este país", disse. EFE